Brigas, pratos duvidosos e Érick Jacquin em sua forma mais caótica, a nova temporada do reality da Band entrega tudo que o público espera.


A quarta temporada de Pesadelo na Cozinha, exibida pela Band, marca o retorno triunfal de um dos realities mais desastrosamente divertidos da televisão brasileira. Com Érick Jacquin mais afiado (e debochado) do que nunca, os novos episódios não economizam no drama, na sujeira e nas bizarrices gastronômicas. Uma verdadeira montanha-russa culinária que mistura indignação, riso e até um toque de empatia.

Na nova temporada, o chef Érick Jacquin visita restaurantes à beira da falência, enfrentando cozinhas imundas, donos despreparados, funcionários desmotivados e pratos tão ruins que viram memes instantâneos. Entre gritos, conselhos, xingamentos e (algumas) soluções, Jacquin se desdobra entre ser o vilão necessário e o mentor inesperado que tenta salvar cada negócio, mesmo quando tudo parece perdido.

Tudo o que o público quer: caos, sujeira e comida “uma merda”


Se você é fã do formato, a quarta temporada não decepciona. Os primeiros episódios já entregam tudo o que tornou o programa um fenômeno, brigas intensas, revelações chocantes e pratos que mais parecem experimentos laboratoriais falhos. A edição segue afiada, com cortes rápidos e trilha dramática que transforma qualquer discussão por maionese caseira em uma guerra de proporções épicas.

Jacquin, como sempre, brilha. Seu francês irritado e suas reações exageradas são parte do charme, transitando entre o chefe carrasco e o paizão impaciente. Em meio a tantos “isso aqui é uma merda!”, o reality também encontra espaço para momentos de redenção, ainda que raros.

Ritmo envolvente e apelo popular garantido


A produção mantém o ritmo acelerado e os ganchos bem construídos. Cada episódio é montado como uma mini novela, com vilões (normalmente os donos), mocinhos (quase sempre os cozinheiros humildes), e a figura imponente de Jacquin tentando equilibrar o caos. A identificação do público é imediata: os restaurantes são reais, os problemas são palpáveis e, muitas vezes, absurdamente cômicos.

Vale a pena assistir a nova temporada de Pesadelo na Cozinha?


Sim, e com molho extra de drama. Pesadelo na Cozinha continua sendo um prato cheio para quem gosta de reality show com tempero nacional e uma pitada generosa de vergonha alheia. Mesmo quando não dá certo, é difícil desviar o olhar. E quando dá certo, é quase milagroso.

Infelizmente, os últimos episódios da temporada não mantêm o mesmo nível de caos e entretenimento que marcou o início da jornada. As histórias ficam menos envolventes, os conflitos parecem mais forçados ou simplesmente menos interessantes, e até mesmo as reações de Jacquin perdem um pouco da espontaneidade. Embora ainda entreguem alguns bons momentos, esses episódios finais deixam a sensação de que a temporada poderia ter encerrado com mais força, especialmente após um começo tão promissor.

A quarta temporada de Pesadelo na Cozinha prova que o formato ainda tem gás (e óleo queimado) para queimar. Érick Jacquin se mantém como o grande pilar do programa, trazendo humor, autoridade e memes prontos para as redes sociais. Se você gosta de entretenimento caótico e histórias de superação no mundo da gastronomia, ainda que às vezes duvidosa, esta temporada é imperdível.