The Last of Us (série) | Análise primeira temporada

A HBO e HBO Max conseguiram nos apresentar uma das melhores adaptações de games já feita, com a série em live-action de The Last of Us, que agrada aos fãs de longa data e ainda assim ganha novos fãs que conheceram a obra de Neil Druckmann apenas durante a série.

A grande maioria das adaptações baseadas em jogos de video game são decepcionantes, salvo algumas produções e entre elas está The Last of Us, série da HBO e HBO Max que consegue adaptar muito bem todos os arcos do primeiro jogo, ao mesmo tempo que apresenta novos personagens e diferentes interações que ou completam a historia do game ou nos trazem novas informações que as vezes agradam e as vezes nem tanto.

A primeira temporada é concisa, principalmente se comparada com o primeiro jogo da franquia, que conta com um gameplay bem extenso. Mesmo sendo bem certeiro o roteiro consegue se aprofundar mais em alguns personagens chave e até mesmo em coadjuvantes que na obra original são apenas pincelados sem muita profundidade.

O melhor exemplo de como alguns personagens ganharam mais destaque e camadas foi o episódio com Bill e Frank, episódio esse que apresenta uma historia de amor linda e crível dentro do universo pós-apocalíptico de Druckmann, acrescentando muito mais camadas na relação do casal enquanto mantem a essência desse personagem que é muito querido pelos fãs de longa data, mesmo com o seu jeito peculiar.

Elenco The Last of US

A escolha do elenco foi muito criticada por muitas pessoas antes da estreia da série, mas ao decorrer dos episódios é nítido que essa escolha foi muito assertiva, Pedro Pascal entrega um Joel diferente do game, enquanto o original é muito sisudo e carrancudo, o de Pascal em alguns momentos é muito mais calmo e calculista, deixando sempre passar um ar mais amigável e amável quando necessário. Bella Ramsey apesar de não se parecer em nada fisicamente com a Ellie, consegue entregar muito do que existe na obra original enquanto coloca um pouco da sua própria versão da personagem em cena, principalmente nos episódios 7 e 8 onde a atriz é destaque e entrega de maneira magistral momentos de alegria, angustia e desespero.

Pontos negativos The Last of Us

Mesmo com todos os elogios e categorizando que a série é uma das melhores adaptações já feitas, alguns pontos desagradam e deixam questões no ar que são desnecessárias pra a obra. Como as explicações de onde se iniciou o contagio e como, o “beijo” esquecível e esquisito do infectado em Tess, a falta de confrontos ou pelo menos de encontros com os infectado desagradam juntoo com a possível causa do porque Ellie é imune ao Fungo.

https://youtu.be/4mmQs6delFw

Essas questões conseguem ser deixadas de lado ainda mais quando a historia volta para o que o material original tem de melhor, a interação entre os humanos que são na verdade os grandes monstros da historia junto com todas as discussões que circulam The Last of Us por toda a obra. Como a questão de como lidar com a perda e o luto, a relação entre pai e filha, os perigos de ser mulher e uma menina na sociedade, entre outras questões que são muito bem trabalhadas e distribuídas durante os nove episódios que completam a série.

No final das contas The Last of Us é uma série que vale ser assistida por fãs ou novos expectadores e ser discutida e debatida por muito tempo, pois felizmente podemos esperar tranquilos já que a segunda temporada está por vir.

Confira nosso podcast onde comentamos todos os episódios de The Last of US