O novo filme do Agente 47 estreou hoje nos cinemas e diferente do primeiro filme, lançado em 2007, esse novo Hitman trouxe algumas características marcantes da franquia nos games, como por exemplo, os disfarces para sair ileso de algumas situações, lutas onde o 47 não usa arma, mas sim partes do cenário, a corda de piano, que foi muito usada, e aquele “sexto sentido” que no longa é explicado e muito utilizado pelo protagonista.

Hitman é um bom filme?

Sei que esse filme não vai ser indicado ao Oscar e não é, nem de longe, uma das melhores adaptações de games para o cinema, mas convenhamos que Hitman também não é o melhor jogo de todos os tempos.

Rupert Friend assume o papel do enigmático Agente 47 em Hitman com grande confiança, dando vida ao personagem na tela. Sua interpretação captura a essência do habilidoso assassino: sereno, calculista e mortal. Ao lado de Friend, Zachary Quinto interpreta o personagem John Smith, e é difícil não notar lampejos ocasionais de sua memorável atuação como Sylar na série de televisão “Heroes”. Quinto traz uma profundidade ao papel, adicionando camadas intrigantes às motivações de seu personagem. Hannah Ware, interpretando o papel de Katia van Dees, também oferece uma performance louvável, mostrando seu talento como atriz versátil.

No entanto, apesar do bom trabalho do elenco com o material recebido, o roteiro escrito por Skip Woods e Mike Finch fica um pouco aquém das expectativas. A trama, embora repleta de potencial, carece da profundidade e da coerência necessárias para envolver completamente o público. Os diálogos, embora não desprovidos de momentos intrigantes, frequentemente parecem forçados e previsíveis, deixando de explorar todo o potencial dos personagens e de suas interações. É lamentável que o roteiro não tenha permitido que os talentosos atores brilhassem tanto quanto poderiam.

Por trás das câmeras, Aleksander Bach assume as rédeas da direção em seu primeiro longa-metragem. Embora Bach mostre algumas habilidades promissoras, fica claro que os produtores podem não ter levado a franquia tão a sério quanto os fãs gostariam. A direção, embora competente, carece de uma visão distinta e não consegue injetar a energia necessária no filme.

Em conclusão, embora “Agente 47” tenha um elenco talentoso e momentos emocionantes, a execução geral do filme deixa algo a desejar. Fãs da franquia ainda podem encontrar diversão nas sequências de ação e nos personagens familiares, mas as falhas no roteiro e na direção impedem que o filme brilhe plenamente.

Acredito que quem jogou o game vai gostar do que vai ver, e quem quer ir ao cinema somente para se divertir e ver um pouco de ação sem sentido vai gostar assim como eu gostei.

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