Battlefall: State of Conflict chega com a proposta ambiciosa de reinventar os jogos de estratégia em tempo real com forte apelo competitivo e visual moderno. E, na maior parte do tempo, ele consegue entregar uma experiência empolgante, intensa e até viciante, mas há alguns tropeços no caminho que impedem o jogo de alcançar todo o seu potencial.

A base do gameplay é sólida com gestão de recursos, posicionamento estratégico e decisões rápidas são essenciais para vencer. A curva de aprendizado é amigável, mas há profundidade o suficiente para manter veteranos engajados. As batalhas são dinâmicas e os mapas variados, com diferentes abordagens táticas possíveis.

A interface é bem desenhada, com acesso intuitivo às unidades e construções, e o sistema de construção e mobilização funciona com precisão. O ritmo das partidas é bem equilibrado, sem ficar arrastado ou excessivamente caótico.


Apesar do pacote visual e mecânico competente, o jogo escorrega em dois pontos importantes: balanceamento entre facções e sistema de matchmaking. Em partidas online, é comum enfrentar adversários com vantagem clara por conta de desequilíbrios entre exército, algo que pode frustrar bastante, especialmente em ligas mais competitivas.

Além disso, o matchmaking ainda parece cru, colocando jogadores de níveis muito diferentes na mesma arena, o que compromete o senso de progressão e justiça.

Outro detalhe é a narrativa da campanha, que é esquecível. Ainda que não seja o foco principal, a história poderia ter mais impacto ou pelo menos apresentar personagens mais memoráveis.


Battlefall: State of Conflict é um jogo de estratégia altamente competente, com visual forte, gameplay tenso e viciante, e ótimas ideias de design. É viciante e recompensador, mas ainda precisa de alguns ajustes importantes para atingir seu ápice, especialmente no competitivo.