Branca de Neve, dirigido por Marc Webb, é a mais recente adaptação live-action do clássico da Disney. Apesar de tentar modernizar a narrativa, o filme apresenta uma execução inconsistente que pode desapontar tanto fãs do original quanto novos espectadores.
Rachel Zegler assume o papel titular com carisma e uma presença cativante. Sua interpretação traz uma Branca de Neve doce e determinada, mantendo a essência da personagem clássica. As sequências musicais destacam seu talento vocal, especialmente na canção “Waiting on a Wish”.
Por outro lado, Gal Gadot, como a Rainha Má, entrega uma performance que oscila entre o teatral e o caricato. Embora sua presença em cena seja marcante, a falta de profundidade na vilã compromete a ameaça que deveria representar.
A decisão de representar os sete anões por meio de CGI resultou em personagens visualmente artificiais, que não conseguem transmitir o charme dos originais. Essa escolha técnica prejudica a conexão emocional com o público e levanta questões sobre a falta de oportunidades para atores com nanismo.
A trilha sonora, composta por Benj Pasek e Justin Paul, oferece momentos agradáveis, com destaque para “Waiting on a Wish”. No entanto, as novas músicas não conseguem capturar a magia das canções originais, deixando a desejar em termos de impacto emocional.
A produção foi cercada por polêmicas desde o início. A escalação de Rachel Zegler gerou debates sobre representatividade, enquanto declarações da atriz sobre a releitura da história provocaram reações mistas. Além disso, a representação dos anões e divergências políticas entre membros do elenco adicionaram camadas de controvérsia ao filme.
Branca de Neve apresenta uma protagonista carismática e tenta atualizar uma narrativa clássica. Contudo, decisões criativas questionáveis e uma execução inconsistente resultam em uma experiência cinematográfica que dificilmente encantará o público.

